terça-feira, 9 de março de 2010

Again?

Bem, há dias assim, em que nos surpreendemos a nós próprios em proporções épicas!

Pois não é que eu, biltre e trafulha personagem, novamente deixei que o verso invadisse?!

Pensei que que era um daqueles fenómenos esporádicos, muito raros... Provavelmente, até, algo com uma qualidade de «one time around affair»... Enganei-me.



E hoje, não me apetece dizer mais.

Aqui fica:









Ordem




Corta-me dessa forma só tua.
Rasga em mim com a mestria de quem ama!
Centra na minha pessoa tua raiva, e depois amua,
Faz sentir que alguém me chama.


Ferve-me ao expoente da loucura,
Sublima minha sanidade.
Dança no vapor, inspira-o com ternura,
Cai, chora e berra, adivinha-se a saudade...


Cria-me novo, e destrói-me
Nessa tua alquimia, sadicamente apaixonada
Dá-me asas! Quero voar! Ensina-me!
Quebra-as, deixa-me sem nada.


Dilui-me no solvente que és,
Centrifuga-me até à exaustão.
E então, descansa.
E trasnpira o nosso «amor-destruição»...





Tito Xavier da Costa











A tendência mantém-se, não há citações.

Amanha, talvez.

1 comentário:

  1. Belíssimo registo, gostei da tão suave força, que mostras nas tuas palavras.

    *

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